Extrema-direita ganha espaço em eleição na Suécia

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Por AE-AP
Atualização:

Um partido de extrema-direita entrou ontem no Parlamento sueco pela primeira vez e impediu que a atual administração obtivesse a maioria no Legislativo, segundo os resultados preliminares. O primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt buscava tornar-se o primeiro líder de centro-direita a ser reeleito, após um mandato completo em uma nação escandinava que conta com um sólido programa de assistência social. No entanto, os Democratas da Suécia, opostos à imigração, mantiveram o equilíbrio de poderes após ficar com 5,7% dos votos, o que significa 20 cadeiras na Câmara dos Deputados, que possui 349 vagas, segundo resultados preliminares de 99% dos distritos eleitorais.A coalizão de Reinfeldt, integrada por quatro partidos, ganhou 172 cadeiras, três a menos que o necessário para ter a maioria, enquanto a oposição de esquerda ficou com 157 vagas. A coalizão do primeiro-ministro, chamada Aliança pela Suécia, recebeu um impulso graças aos populares cortes de impostos e às finanças públicas saudáveis, um destaque na Europa, onde alguns governos enfrentam sérios problemas de dívidas.Reinfeldt, de 45 anos, disse que seu governo permanecerá no poder e buscará o apoio do Partido Verde, uma pequena agremiação opositora, a fim de evitar a necessidade de contar com os Democratas da Suécia. A líder do Partido Verde, Maria Wetterstrand, rechaçou em princípio participar do governo, cobrando uma política consistente para lidar com as mudanças climáticas.O resultado sugere que os trabalhos no Parlamento devem ficar paralisados, pois ambos os blocos rechaçaram governar com os Democratas da Suécia. Esta sigla exige uma redução drástica na imigração e afirmou que o Islamismo é a maior ameaça estrangeira para o país desde a Segunda Guerra. Caso Reinfeldt não consiga vencer o impasse, ficará com um frágil governo de minoria, que pode ser obrigado a renunciar caso não consiga aprovar projetos de lei importantes.

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