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Facebook remove anúncio de Trump que incluía símbolo nazista

Triângulo vermelho invertido era usado para designar presos políticos em campos de concentração

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Por Redação
Atualização:

O Facebook removeu um anúncio publicado pela campanha eleitoral do presidente americano, Donald Trump, que atacava a esquerda e mostrava um triângulo vermelho invertido, símbolo usado pelos nazistas para designar os presos políticos nos campos de concentração. 

"Removemos estes anúncios e publicações, porque infringem nosso regulamento sobre o ódio organizado", declarou um porta-voz da rede social americana nesta quinta-feira, 18.

O presidente dos EUA, Donald Trump Foto: Michael Reynolds/Pool/EFE/EPA

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"Não autorizamos símbolos que representam organizações ou ideologias de ódio, a menos que seja para condená-las", assinalou Nathaniel Gleicher, diretor de normas de segurança cibernética da rede social, ao ser questionado nesta quinta, no Congresso, sobre um artigo do jornal The Washington Post que revelava a existência do anúncio.

O texto da propaganda atacava as "hordas perigosas de grupos de extrema esquerda" e convocava os internautas a assinar uma petição contra os "antifa", que Trump acusou, sem provas, de causar distúrbios durante as manifestações recentes contra a violência policial nos Estados Unidos.

Os nazistas obrigavam os prisioneiros políticos de esquerda a exibir o triângulo vermelho. "Nossas regras proíbem recorrer a este símbolo sem o contexto que o condene ou questione", assinalou o porta-voz do Facebook.

O debate sobre a moderação dos anúncios e declarações políticas nas redes sociais agita os Estados Unidos há meses, a menos de 140 dias das eleições presidenciais. O Facebook autoriza publicidade com caráter político e se nega a submeter as declarações dos candidatos e políticos a seu programa de verificação de fatos, alegando que os leitores devem formar suas próprias opiniões. Mas suas mensagens são submetidas às regras gerais contra o terrorismo, a apologia à violência e as informações práticas falsas sobre as eleições. /AFP

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