Família de Cho era pobre quando vivia em Seul, diz jornal

Intenção da mudança foi a esperança de conseguir melhor condição de vida

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Por Agencia Estado
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A família do sul-coreano Cho Seung-Hui, autor do tiroteio na universidade Virginia Tech, que passava por dificuldades financeiras na Coréia do Sul, teria migrado para os Estados Unidos em busca de uma vida melhor, divulgou o jornal nesta Chosun Ilbo quarta-feira, 18. Cho estudava no departamento de Inglês e estava nos Estados Unidos desde 92. O tiroteio deixou 33 mortos, incluindo o sul-coreano, que se suicidou. Segundo o jornal, a família de Cho era pobre quando vivia no subúrbios de Seul e tentaram melhorar de vida migrando para os Estados Unidos. A família vivia em um apartamento subterrâneo na periferia de Seul, em uma unidade barata, e o jornal citou como dono da propriedade Lim Bong-ae, 67 anos. A polícia identificou o pai do atirador por Cho Seong-tae, de 61 anos. "Eu não sabia como o pai de Cho se sustentava, mas eles eram pobres", disse Lim. "Quando foram aos EUA eles não sabiam aonde iriam viver", acrescentou. A reportagem ainda cita que Cho freqüentou o ginásio e metade do colegial na Shinchang Elementary School e não havia registros do estudante, que saiu de lá no dia 19 de agosto de 1992. A professora que lecionou no colégio na época em que Cho estudava lá, não trabalha mais no local. Os outros professores disseram que não lembram de Cho. Angústia O presidente da Coréia do Sul e os moradores do país manifestaram nesta quarta-feira, 18, horror e angústia pelo fato de um compatriota ter sido o responsável pelo mais sangrento tiroteio na história dos Estados Unidos. Muitos temem represálias. O embaixador de Seul nos EUA pediu para os fiéis de uma igreja coreana da região de Washington jejuarem em penitência, disse a mídia. Cerca de 100.000 sul-coreanos estudam nos EUA, formando a maior comunidade de estudantes estrangeiros no país. Os EUA também têm uma grande comunidade étnica coreana. "Depois do 11 de setembro os americanos tem mau sentimento em relação a povos do Oriente Médio. Só tenho medo que este incidente afete os estudantes sul-coreanos nos EUA", disse Chang Jung-in, 35 anos, em uma rua de Seul.

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