Família fica 6 meses sem eletrônicos e relata experiência em livro

Família trocou iPods e videogames por jogos de tabuleiro e fotos antigas

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Por AE
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Susan Maushart viveu o sonho de quaisquer pais modernos: desconectou seus filhos adolescentes. Durante seis meses, Susan desligou a internet, a televisão, os iPods, os celulares e os jogos de videogame. O fantasmagórico brilho das telas deixou de iluminar a sala de estar. Os aparatos eletrônicos não soavam mais à noite como "grilos maléficos". E ela deixou de levar seu iPhone para o banheiro. O resultado do que Susan chama "o experimento" foi uma imersão na vida real. Como Susan explica no livro "The Winter of Our Disconnect" (O inverno de nossa desconexão), publicado nos Estados Unidos, ela e seus filhos redescobriram prazeres simples, como jogos de tabuleiro, livros, fotos antigas, jantares familiares e ouviram música juntos, ao invés de cada um escutar as suas próprias escolhas em seu iPod. Seu filho Bill, um viciado em videogames, usou seu tempo livre tocando saxofone. A filha mais velha de Susan, Anni, estava menos "conectada" e lia mais que seus irmãos, portanto sua transição foi mais fácil. A filha mais nova, Sussy, foi a que teve mais dificuldades. A privação eletrônica, no entanto, teve impacto de diversas formas: as notas de Sussy melhoraram consideravelmente. O experimento começou de maneira drástica, com o corte total de eletricidade durante algumas poucas semanas, uso de velas ao invés de lâmpadas, banhos de duchas frias e refeições de comidas guardadas. Quando acabou o apagão, Susan esperava que a reação de apreciação pela volta da eletricidade suavizaria a transição de seus filhos para a vida sem Google e celulares. Susan considera que viver totalmente desconectado por seis meses não é algo realista para a maioria, mas recomenda que as famílias se desconectem periodicamente. "Uma forma de fazê-lo é estabelecer um dia da semana sem telas. Não como castigo, mas como algo especial", diz. As informações são da Associated Press.

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