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Família recebe atestado de óbito de brasileira

Por Agencia Estado
Atualização:

A mineira Sandra Fajardo Smith, que trabalhava no 98º andar da Torre Norte do World Trade Center, é a primeira brasileira oficialmente morta em virtude dos atentados terroristas que destruíram as torres gêmeas do complexo financeiro de Nova York. Os parentes de Sandra residentes nos EUA receberam, nesta quarta-feira à tarde, a certidão de óbito da brasileira. O documento foi emitido pelo Departamento de Saúde da Cidade de Nova York, após o encerramento de um procedimento judicial iniciado pela família da mineira com a assessoria jurídica gratuita da advogada carioca Maria Cecília de Castro Neves, de 27 anos, que trabalha no renomado escritório americano Stroock & Stroock & Lavan. Segundo a advogada, "normalmente, um processo para reconhecimento judicial da morte de uma pessoa cujo corpo não foi encontrado demora nos EUA aproximadamente 3 anos, mas, no caso das vítimas dos atentados ao WTC, as autoridades americanas reduziram o prazo para 15 dias." Prima de Sandra, a brasileira residente em New Jersey Wanda Tavares Fajardo declarou que a motivação para iniciar o processo de expedição da certidão de óbito da brasileira desaparecida surgiu porque "do ponto de vista lógico, já na semana seguinte aos atentados a família não tinha mais esperanças de encontrar a Sandra viva". Wanda explicou que a desesperança dos parentes da brasileira teve fundamento nos fortes indícios de que ela morreu instantaneamente após a colisão do avião Boeing 767 que levava os passageiros do vôo 11 da American Airlines com a Torre Norte do complexo financeiro. Segundo Grady Bray, representante da Kenyan Op., empresa especializada em acidentes aéreos contratada pela companhia Marsh Inc., empregadora de Sandra, o impacto do Boeing 767 na Torre Norte do WTC atingiu diretamente o espaço que vai do andar 96 ao 103, e é improvável que alguma pessoa que estivesse naquele local tenha sobrevivido. Leia o especial

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