Famílias identificam 112 dos 142 estudantes mortos no Quênia

Segundo o governo, demora na confirmação dos outros 30 corpos adia divulgação de lista oficial de vítimas; ataque do grupo terrorista Al-Shabab deixou 148 mortos em Garissa, no sudoeste do país

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Na capital Naoróbi, quenianos prestam homenagem às vítimas de ataque do Al-Shabab a universidade Foto: Simon Maina/AFP

NAIRÓBI - Os corpos de 112 dos 142 estudantes da Universidade de Garissa assassinados por militantes do grupo Al-Shabab na quinta-feira foram identificados por suas famílias no necrotério de Chiromo, em Nairóbi, informou nesta quarta-feira, 8, a imprensa local. Além dos universitários, seis membros das forças de segurança também foram mortos.

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O ministro da Saúde do Quênia, James Macharia, afirmou que os 30 corpos que ainda não foram identificados atrasaram a publicação da lista final de vítimas, que deve ser divulgada ainda nesta quarta-feira.

"A identificação das vítimas é manual, através de impressões digitais. O Escritório Nacional de Registros está comparando-as com as bases de dados do governo, já que se fizéssemos análise de DNA demoraríamos mais uma semana para ter os resultados", explicou o ministro ao jornal "Daily Nation".

Além disso, Macharia anunciou que, em parceria com a Cruz Vermelha do Quênia, 28 mil euros serão destinados para financiar os sepultamentos e cobrir os custos do transporte dos corpos dos estudantes às suas cidades de origem.

A comoção pelo massacre dos 142 estudantes e dos seis membros das forças de segurança do país que morreram durante a operação de resgate provocou uma série de protestos em Nairóbi e Garissa para pedir que o governo melhore a segurança no Quênia.

No parque Uhuru de Nairóbi, no centro da cidade, centenas de pessoas se reuniram na terça-feira para lembrar às vítimas do pior ataque terrorista desde o atentado da Al-Qaeda contra a embaixada dos Estados Unidos, que em 1998 deixou mais de 200 mortos. / EFE

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