
18 de dezembro de 2009 | 14h33
Uma porta-voz da polícia informou que a placa foi desparafusada de um lado e arrancada do outro. O fato foi imediatamente condenado por líderes judeus, na Polônia e no exterior. "O roubo de um objeto tão simbólico é um ataque à memória do Holocausto, e uma escalada desses elementos que gostariam de nos levar de volta a dias mais sombrios", afirmou Avner Shalev, diretor do Yad Vashem, em comunicado de Jerusalém. O Yad Vashem é o memorial oficial de Israel para lembrar as vítimas judaicas do Holocausto.
Caçada
O símbolo desapareceu do memorial de Auschwitz entre as 3h30 e 5h (hora local), segundo a porta-voz. Os ladrões aparentemente conheciam a área bem, acrescentou ela.
A polícia lançou uma caçada, utilizando mais de 20 investigadores e cães farejadores para buscar a placa.
O local que antes era um campo de concentração mantém os abrigos, torres de controle e ruínas das câmaras de gás, para lembrar as atrocidades infligidas pelos nazistas alemães contra judeus, ciganos, entre outros.
Uma réplica exata da placa, feita pelo museu após a Segunda Guerra, foi imediatamente colocada no lugar da original.
O signo original foi feito em 1940 por presos poloneses não-judeus de Auschwitz, segundo o museu. O rabino-chefe da Polônia, Michael Schudrich, disse ter dificuldade de imaginar quem cometeria esse roubo e condenou a ação. "Seja quem fez isso, usurpou a memória mundial."
O slogan "Arbeit Macht Frei" também era usado na entrada de outros campos de concentração nazistas, entre eles Dachau e Sachsenhausen. O de Auschwitz, porém, é talvez o mais conhecido.
Entre 1940 e 1945, mais de 1 milhão de pessoas, a maioria judeus, foram mortas ou morreram de fome e doenças enquanto faziam trabalhos forçados em Auschwitz, construído pelos nazistas na Polônia ocupada. Hoje o lugar é um dos mais visitados por estrangeiros e poloneses no país, com mais de 1 milhão de pessoas passando por ali anualmente.
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