FAO alerta: 300 mil podem morrer de fome na Somália

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Por Agencia Estado
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Cerca de 300.000 pessoas correm o risco de morrer de fome na Somália, informou, nesta quinta-feira, a organização da ONU para a Agricultura e a Alimentação (FAO), com sede em Roma. Segundo a entidade, a situação tende a piorar com o fechamento da sociedade de transferências de fundos Al-Barakaat, afetada pelo congelamento de contas dos terroristas internacionais, em conseqüência dos atentados de 11 de setembro contra os EUA. A Al-Barakaat é acusada pelas autoridades americanas de ter financiado a Al-Qaeda, liderada pelo milionário saudita Osama bin Laden - o homem mais procurado do planeta -, acusado pelos EUA de ser o responsável pelos atentados em Nova York e Washington. Nesta mesma quinta-feira, em Washington, o secretário de Saúde dos Estados Unidos, David Satcher, divulgou que aproximadamente 300.000 pessoas morrem ao ano por conta das doenças relacionadas à obesidade. A população somali vem sofrendo há tempos com uma grave seca que compromete a produção agrícola, aumentando a desnutrição e a mortalidade infantil. A situação do país, que sofre há anos as conseqüências de uma guerra interna, é agravada ainda mais por um recente embargo imposto à importação de gado da África Oriental devido a uma epidemia. Segundo a FAO, as fortes chuvas que caíram na vizinha Etiópia causaram enchentes em vários rios no sul do país. Na região dos Grandes Lagos, prosseguiu o relatório da FAO, "mais de dois milhões e meio de pessoas estão sendo obrigadas a buscar refúgio além da fronteira da República Democrática do Congo - praticamente inacessível às organizações humanitárias devido a problemas de segurança -, onde vivem na miséria e famintas".

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