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Farc ameaçam encerrar trégua caso governo continue ataques

Guerrilha mantém um cessar-fogo unilateral desde dezembro e pede que o presidente Santos encerre as operações do Exército 

Atualização:
Negociador das Farc Iván Márquez (esquerda) lê comunicado sobre trégua unilateral Foto: Ernesto Mastrascusa / Efe

HAVANA - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) ameaçaram nesta quinta-feira, 19, acabar com a trégua unilateral implantada desde dezembro se o governo do presidente Juan Manuel Santos não parar os ataques militares aos rebeldes.

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No dia 10 de março, Santos anunciou que as Forças Armadas colombianas iriam parar os bombardeiros aéreos por um mês e o ato seria estendido se as Farc continuassem o cessar-fogo.

A guerrilha, no entanto, criticou o Exército colombiano por realizar manobras ofensivas. Um dia antes de Santos anunciar a pausa nos bombardeiros, o Exército disse ter matado o comandante das Farc José David Suárez, líder de uma frente rebelde perto da fronteira com o Panamá.

"Estamos pedindo ao presidente Santos que faça algo para salvar a trégua unilateral pedida pelas Farc. Pare as operações militares contra a guerrilha agora", disse o líder rebelde Iván Márquez a repórteres em Havana, local das conversas de paz.

O governo de Santos e as Farc estão se encontrando em Cuba há cerca de dois anos e meio na tentativa de terminar o conflito mais longo da América Latina, que já matou mais de 220 mil pessoas e deslocou milhões desde 1964.

Negociadores de paz chegaram a acordos parciais sobre reforma agrária, o fim do tráfico de drogas e a participação de ex-rebeldes na política. No momento, estão discutindo sobre reparações às vítimas e desmobilização dos rebeldes.

Em um acordo separado, o governo e a guerrilha anunciaram um esforço conjunto para começar a remover minas terrestres espalhadas pelo país. /REUTERS

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