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Farc atacam infra-estrutura da Colômbia

Por Agencia Estado
Atualização:

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) continuaram sem trégua a onda de ataques contra a infra-estrutura do país, que deixaram mais de 50 municípios às escuras e muitas estradas intransitáveis. Nesta quinta-feira, duas explosões destruíram a subestação geradora de Enalar, no centro da cidade de Arauca, causando apenas danos materiais em vários quarteirões em torno, informou um porta-voz da Sétima Brigada do Exército. O atentado terrorista, que causou prejuízos equivalentes a US$ 5 milhões, foi atribuído à Frente 10 das Farc, que opera neste Estado da fronteira com a Venezuela. Segundo funcionários do setor energético local, o atentado deixará sem energia a cidade, a cerca de 460 km de Bogotá, durante pelo menos um mês. Vastas zonas da Colômbia se encontram sem fornecimento de energia elétrica em razão dos atentados perpetrados pelas Farc, muitos deles antes do rompimento do processo de paz. Os 16 municípios do Estado de Caqutá, no sul do país, entre eles San Vicente del Caguán - que integrava a zona de distensão -, já estão às escuras há uma semana. No Estado de Casanare também 14 municípios estão privados de eletricidade devido à explosão de três torres de energia elétrica na quarta-feira. Na mesma condição estão 16 municípios do Estado de Huila e 9 de El Cauca, informou a empresa Interconexión Eléctrica S.A.(ISA). Em um telefonema dirigido ao comandante da Frente 53 das Farc, Henry Castellanos, vulgo "Romaña", interceptado pelas forças governamentais e divulgado pelo jornal El Tiempo, ficam claros os planos da principal guerrilha do país para continuar atentando contra a infra-estrutura. "É preciso dar tudo, para que caia tudo: pontes, torres embarcações... é preciso dar um golpe urbano, que a oligarquia sinta a guerra", diz o comandante Romaña, cujos combatentes operam no centro do departamento de Cundinamarca, que rodeia Bogotá. Segundo a empresa ISA, desde o início do ano até quarta-feira, 67 torres de energia foram derrubadas.

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