Farc e do ELN negociam fim de disputas na Colômbia

Confrontos seriam produto de diferenças e falta de maturidade entra as duas facções

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Por Agencia Estado
Atualização:

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN), as duas principais guerrilhas colombianas, estão negociado em busca de conciliar suas diferenças e para pôr um fim a conflitos sangrentos entre os dois grupos em várias regiões do país. "É um confronto doloroso no qual há baixas de ambos os lados", disse à emissora de rádio RCN o comandante do ELN, Antonio García, ao anunciar as negociações. Sem entrar em detalhes, o chefe guerrilheiro afirmou que os choques "são produtos de diferenças, de falta de capacidade para se resolver os problemas com maturidade entre as duas organizações, principalmente entre os comandos regionais". Ele não informou a intensidade do confronto, mas considerou exagerada a informação do vice-presidente, Francisco Santos, de que o ELN teria sofrido até agora 500 baixas por parte das Farc. A guerra desatada entre as guerrilhas foi classificada por Santo como uma campanha de aniquilamento das Farc contra o ELN. De acordo com o vice-presidente, as Farc estariam agindo para retaliar o ELN devido à intenção desta última guerrilha em negociar a paz com o governo. Os conflitos ocorrem principalmente nos departamentos (Estados) de Arauca e Nariño, no nordeste e sudoeste do país, respectivamente. García disse também que na próxima rodada de negociações com o governo, que ocorrem em Havana, "serão tratado os temas substanciais que regerão o processo de paz". De acordo com ele, a confrontação verbal protagonizada pelo presidente Álvaro Uribe pode se constituir em um obstáculo para o avanço dos diálogos. "Consideramos que podemos avançar embora haja dificuldades devido às ameaças do governo contra dirigentes populares, dirigentes políticos e chefes da oposição", afirmou García. O ELN conta com 2.500 combatentes em suas fileiras. As Farc, por sua vez, teria cerca de 15.000 homens.

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