17 de dezembro de 2009 | 20h43
As duas guerrilhas já se uniram no passado, tanto em frustradas negociações de paz, como em atividades como a cobrança de porcentagens sobre o cultivo de drogas. O comunicado das guerrilhas foi divulgado ontem, no site da Agência de Notícias "Nova Colômbia", que geralmente divulga textos dos rebeldes.
O comandante das Forças Armadas da Colômbia, general Freddy Padilla, minimizou hoje o impacto da aliança anunciada. Na opinião de Padilla, trata-se basicamente de uma propaganda dos dois grupos. "Essa aliança é impossível", afirmou. "Eles têm umas disputas por controle de território para buscar os créditos do narcotráfico, se mataram entre eles em alguns lugares, como no sul (do departamento) de Bolívar", afirmou Padilla.
Em zonas como o departamento (Estado) de Arauca, no noroeste do país, "a ELN vê com desconfiança as Farc e os enfrentamentos entre eles têm sido horríveis, por isso estão buscando simplesmente janelas de oportunidade", segundo o general.
Padilla disse ainda que, na opinião dele, as "execuções extrajudiciais" realizadas por forças de segurança da Colômbia são "coisa do passado". A Procuradoria Geral do país investiga pelo menos 1.200 casos de execuções cometidas por militares nos últimos anos. O Ministério da Defesa e grupos não-governamentais confirmam que os números de denúncias do tipo caíram bastante desde o fim de 2008, e nesse período não superaram dez.
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