Farc manterão sigla em partido político e terão uma rosa como símbolo
No entanto, o novo nome do ex-grupo guerrilheiro será Força Alternativa Revolucionária do Comum
PUBLICIDADE
Por Redação
Atualização:
BOGOTÁ - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) confirmaram nesta quinta-feira que manterão suas siglas como partido politico, embora mudando o nome para Força Alternativa Revolucionária do Comum, eseu logotipo será o de uma rosa. O nome foi adotado após ser submetido a uma votação no congresso que os guerrilheiros iniciaram no domingo e termina nesta sexta-feira.
PUBLICIDADE
Originalmente, o número dois da guerrilha, Luciano Marín, conhecido como "Iván Márquez", já tinha anunciado que o grupo manteria sua siglas, mas mudando o nome para Forças Alternativas Revolucionárias da Colômbia. O logotipo é a visão frontal de uma rosa esquematizada, como a maioria dos partidos social-democratas, embora inclua uma estrela vermelha no centro. "A rosa vermelha pode ser uma transformação, também a cor vermelha e a rosa vermelha estão muito associados ao comunismo e acreditar em uma revolução", disse o sociólogo Fabián Sanabria à AFP.
O novo partido, que será apresentado oficialmente nesta sexta-feira, iniciará sua difícil luta polítca em um país historicamente dominado por conservadores e liberais.
Cerca de 1.200 delegados, a maioria proveniente de afastadas zonas rurais e comunidades negras da Colômbia, anunciarão as propostas do movimento político e seus candidatos para as eleições gerais de 2018.
O líder do ex-grupo guerrilheiro, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, assegurou que a decisão de manter as siglas Farc, mas com um novo significado, foi apoiada por 628 dos delegados que participam do congresso, enquanto que 264 preferiam a opção Nova Colômbia.
A definição do nome foi um dos principais pontos do congresso, pois, segundo especialistas, as siglas Farc são relacionadas às centenas de crimes cometidos pelo grupo em meio século de luta armada. Sua imagem negativa supera 80%, segundo pesquisas. / EFE e AFP
Guerrilheiras das Farc se preparam para deixar 'uniformes de guerra'
1 / 10Guerrilheiras das Farc se preparam para deixar 'uniformes de guerra'
Farc
Mayerli, integrante da frente 32 das Farc em Putumayo. A jovem de 18 anos passou quatro anos com a guerrilha e gostaria de ser enfermeira Foto: AP Photo/Fernando Vergara
Farc
Diana Marcela faz parte da 48.ª Frente das Farc, tem 28 anos e disse ter passado 13 na guerrilha. Ela deseja estudar fotografia Foto: AP Photo/Fernando Vergara
Farc
Carolina, 18 anos, integra a Frente 49 da guerrilha. Ela ficou três anos nas Farc e deseja estudar engenharia Foto: AP Photo/Fernando Vergara
Farc
Derly tem 24 anos e passou nove anos com a Frente 49 das Farc. Após o acordo de paz com a Colômbia, ela deseja estudar medicina Foto: AP Photo/Fernando Vergara
Farc
Johana, 19 anos, integra a 32.ª Frente das Farc. Ela ficou na guerrilha por seis anos e quer estudar enfermagem ao deixar o grupo Foto:
Farc
Yeimi, 23 anos, ficou 10 anos ao lado da guerrilha e faz parte da 48.ª Frente. Após o acordo de paz quer estudar sistemas Foto: AP Photo/Fernando Vergara
Farc
Yiceth tem 18 anos e ficou quatro ao lado das Farc. Após a desmobilização da guerrilha, ela deseja estudar enfermagem Foto: AP Photo/Fernando Vergara
Farc
Rubiela tem 32 anos e passou 10 na Frente 49 das Farc. Ela deseja estudar odontologia ao deixar o grupo Foto: AP Photo/Fernando Vergara
Farc
Yuri Renteria, 18 anos, integra a Frente 32 das Farc. Ela diz que após o acordo de paz com a Colômbia deseja cursar engenharia Foto: AP Photo/Fernando Vergara
Farc
Sofia tem 19 anos e passou seis integrando a Frente 49 das Farc. Após deixar as armas, ela quer estudar Direito Foto: AP Photo/Fernando Vergara