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Farc matam dois indígenas em possível caso de vingança

Comunidade teria removido um cartaz em homenagem a um líder guerrilheiro morto em 2011

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Por Redação
Atualização:

BOGOTÁ - Guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) mataram dois indígenas de uma comunidade no sudoeste da Colômbia na quarta-feira, aparentemente por eles terem removido um cartaz em homenagem à morte do ex-líder da guerrilha Alfonso Cano, informou a polícia.

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Os indígenas foram mortos em Toribio, na província de Cauca, numa possível revanche pela remoção da homenagem ao ex-líder das Farc, que morreu na região em 2011 durante uma operação do Exército colombiano.

Na época, a morte de Cano foi exaltada pelo presidente Juan Manuel Santos como uma das maiores perdas já sofridas pelas Farc, que um ano depois iniciaram as negociações de paz com o governo.

"Um ataque contra a população indígena é lamentável e condenável. O governo condena fortemente esse ato indescritível que não contribui em nada com a paz no país", disse o ministro do Interior, Juan Fernando Cristo, em comunicado.

O ministro informou que os indígenas mortos são Manuel Antonio Tumina e Daniel Coicue. Cauca é uma das regiões mais atingidas pela violência do conflito na Colômbia.

As conversas para encerrar o conflito, que dura mais de 50 anos e já deixou mais de 220 mil mortos, ainda estão em andamento.

As Farc não realizam mais sequestros em busca de resgate, tática amplamente utilizada pelo grupo, mas prometeram continuar atacando tropas do governo, mesmo durante as negociações de paz, até que o pedido por um cessar-fogo bilateral seja atendido, o que foi descartado pelo governo.

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Oleoduto. Em um caso separado, o Exército da Colômbia informou que um trabalhador morreu ao pisar em uma mina terrestre enquanto tentava consertar o oleoduto Transandino, na província vizinha de Narino, outro alvo de ataque das Farc na quarta-feira. O fluxo de petróleo foi interrompido.

O duto de 306 quilômetros e com capacidade para 48 mil barris por dia leva petróleo de vários campos no sul do país para um porto na costa do Pacífico, de onde são realizadas as exportações da Colômbia para a Ásia. /REUTERS

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