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Farc negam tráfico e pedem a legalização de drogas

As forças armadas disseram que a batalha contra o que denominam "câncer do narcotráfico" será vencida apenas com a implementação de "uma estratégia mundial que inclua a legalização destes produtos

Por Agencia Estado
Atualização:

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) negaram neste sábado que sejam narcotraficantes, como afirmaram os governos americano e colombiano, e disseram que a batalha contra as drogas somente será vencida com "uma estratégia mundial que inclua a legalização destes produtos". Assim asseguram as Farc em comunicado, no qual afirmam que "não semeiam, cultivam, processam, transportam, e em absoluto comercializam nenhuma classe de narcóticos". As forças armadas disseram também que estão convencidas de que a batalha contra o que denominam "câncer do narcotráfico" será vencida apenas com a implementação de "uma estratégia mundial que inclua a legalização destes produtos, porque acabaria de uma vez com os lucros fabulosos que gera". Os rebeldes, qualificados pelos Estados Unidos e a União Européia como terroristas, alegam que as sementeiras de coca, especialmente na Sierra de La Macarena, no centro leste do país, não são de sua propriedade, como dizem insistentemente as autoridades colombianas. O Governo do país latino-americano ordenou a erradicação manual de cerca cinco mil hectares nesta região que estão semeadas com coca, mas depois dispôs a fumigação com herbicidas. A razão para a mudança de estratégia aconteceu porque as Farc costumam atacar e até mesmo matar as pessoas que tentam realizar este tipo de trabalho. Os rebeldes disseram que os graves problemas sociais da Colômbia obrigaram milhares de pessoas a "refugiarem-se na economia dos cultivos ilegais para sobreviver".

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