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Farc pedem a governo colombiano que suspenda imposto de guerra

Segundo comunicado, guerrilha suspendeu no começo desta semana sua arrecadação com este fim; presidente Juan Manuel Santos diz que decisão é 'passo importantíssimo' rumo à paz

Atualização:

BOGOTÁ - A guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que suprimiram na segunda-feira seu "imposto de guerra" na Colômbia, pediram na quarta-feira, 6, que o governo adote uma medida similar e reoriente sua política para o investimento social.

A decisão insurgente "deve levar o governo nacional a reorientar sua política fiscal, suspendendo qualquer imposto destinado à guerra, priorizando o investimento social e garantindo os recursos necessários para enfrentar os desafios da implementação do acertado no processo de paz", assinala um comunicado do grupo.

O presidente Juan Manuel Santos (E) cumprimenta o líder das Farc, Timoleón Jimenez, conhecido como 'Timochenko', ao lado do presidente cubano, Raúl Castro Foto: AFP PHOTO / ADALBERTO ROQUE

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Na segunda-feira, Timoléon Jiménez, mais conhecido como "Timochenko", chefe das Farc, anunciou o fim do imposto cobrado pela guerrilha em entrevista à agência colombiana Prensa Rural.

Timochenko explicou que as Farc utilizavam o imposto como forma de financiamento e "com o que já temos (em recursos) será possível chegar ao final do acordo" de paz que é negociado em Havana desde novembro de 2012.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, qualificou a decisão das Farc de suspender o imposto de "passo importantíssimo" para o fim do conflito. O comunicado da delegação das Farc em Havana destaca que a suspensão da cobrança do imposto "é imediata para todas as estruturas da organização".

No dia 23 de junho, as Farc e o governo colombiano acertaram as condições do cessar-fogo bilateral e definitivo, e a entrega de armas dos rebeldes.

Atualmente, são negociados assuntos pendentes após os acordos parciais sobre os seis pontos da agenda: tema agrário, indenização das vítimas, participação política, narcotráfico, abandono das armas e validação do acordo final de paz. / AFP

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