Farc podem entregar cativos a Lula, diz ex-refém

PUBLICIDADE

Por Efe , AFP e Bogotá
Atualização:

O grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pode entregar reféns para o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou ontem o ex-senador colombiano Luis Eladio Pérez. O ex-congressista, que esteve seis anos em poder da guerrilha, foi libertado em fevereiro e agora está fazendo contatos com diversos países para conseguir ajuda para um acordo humanitário. Ele esteve em maio no Brasil. Especial traça cotidiano das Farc Pouco antes de encontrar-se ontem com o presidente colombiano, Álvaro Uribe, Pérez disse que o país pode saber em breve a quem a guerrilha deve entregar os reféns. Lula seria uma das opções, assim como Uribe e os presidentes Hugo Chávez (da Venezuela) e Rafael Correa (do Equador). Oficialmente, o Brasil se mantém distante dos esforços para um acordo humanitário, alegando que Bogotá ainda não fez um pedido formal para que o País se envolva nessa questão. Segundo Pérez, "há operações em marcha" para libertar os reféns: "O processo está em andamento e o país conhecerá muito em breve o lugar, as condições e as coordenadas da libertação, assim como as pessoas às quais (os reféns) serão entregues - Chávez, Correa, Lula ou Uribe." As Farc têm 40 reféns políticos e dizem estar dispostas a trocá-los por 500 rebeldes presos. Entre os que seriam libertados, segundo Pérez, estariam a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, o ex-governador Alan Jara, o ex-congressista Óscar Tulio Lizcano e o ex-deputado Sigifredo López. O governo, porém, disse não ter informações sobre uma possível libertação de cativos. EXPLOSÃO Ainda ontem, uma explosão matou uma mulher e feriu sua mãe no centro de Bogotá. Substâncias químicas encontradas no local indicam ter sido um atentado. À noite, um ataque com foguetes a um quartel no bairro de Suba, no noroeste da capital, feriu quatro policiais. Paralelamente, a polícia anunciou ter frustrado um plano das Farc para matar Uribe com um carro-bomba quando ele visitasse a província de Tolima.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.