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Farc reconhecem assassinato de reféns

Por Agencia Estado
Atualização:

Os guerrilheiros das Farc admitiram e justificaram o assassinato de um governador, um ex-ministro da defesa e oito militares. Segundo um porta-voz, os reféns foram executados para evitar o resgate por parte do Exército colombiano. Em princípio as Farc afirmaram que os reféns morreram no meio do fogo cruzado durante a tentativa de resgate militar dos reféns. No entanto nesta segunda-feira, um secretário da Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia admitiu a execução dos prisioneiro em cativeiro. ?As unidades guerrilleras estão na obrigação moral de salvar suas vidas e proteger, até onde seja possível, a vida e a integridade física dos seus prisioneiros?, disse Raúl Reis, em uma mensagem enviada ao programa Notícias Um, da TV colombiana. Raúl acrescentou que a guerrilha não poderia deixar que os reféns fossem capturados sem uma resposta militar para isso. Há uma semana, guerrilheiros das Farc fuzilaram e mataram com um tiro de misericórdia o governador de Antioquia, Guillermo Gaviria, seu assessor e ex-ministro da Defesa Gilberto Echeverri e oito militares, durante uma falida tentativa de resgate dos reféns pelo exército do país. Segundo três militares que foram libertados com vida, os guerrilheiros iniciaram os assassinatos após escutar os helicópteros militares sobrevoando a área. No final de semana, o delegado especial das Nações Unidas para o conflito em Colômbia, James Lemoyne, afirmou que as ?Farc devem reconhecer a massacre e pedir perdão". ?Condenamos a idéia de que é aceitável prender civis inocentes e os colocar nessas prisões clandestinas para tentar troca-los por combatentes?. A distinção entre combatentes e civis, para nós, é absolutamente sagrada?, disse o representante a ONU. O secretário das Farc, no comunicado, assegurou que a guerrilha seguem disposta a soltar cerca de 60 políticos, militares e três norte-americanos que permanecem como reféns, em troca da libertação de centenas de guerrilheiros presos. Para o governo a troca de civis por guerrilheiros presos precisa de subsistência jurídica, porque equipara pessoas que estão privadas ilegalmente de sua liberdade com rebeldes detidos por cometer crimes. O presidente Alvaro Uribe tem assegurado que o Exército continuará com as missões de resgate. No país, cerca de 3.000 pessoas são sequestradas anualmente. Mais da metade são cometidos pelos rebeldes.

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