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Farcs negam libertar seqüestrados como gesto humanitário

Farcs exigem a retirada da polícia de dois municípios do sudoeste da Colômbia

Por Agencia Estado
Atualização:

As guerrilhas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) descartaram a libertação de seqüestrados como gesto humanitário e ratificaram a necessidade da retirada da polícia de dois municípios do sudoeste da Colômbia para que ocorra uma troca humanitária. A afirmação foi feita pelo porta-voz das Farc, Raúl Reyes, que ratificou que o ex-senador Luis Eladio Pérez segue em seu poder e não será liberado. Em resposta a um questionamento do programa Notícias Um, Raúl Reyes enfatizou que a suposta libertação do ex-parlamentar Pérez parte de "rumores tendenciosos da inteligência estatal, empenhada em confundir o povo humilde da Colômbia". Pérez foi seqüestrado pelas Farc há mais de cinco anos e sua mulher, Angela, havia pedido um pronunciamento da guerrilha sobre sua possível libertação. Durante a última semana, foram divulgados rumores de que o político, que estaria doente, seria libertado como um gesto humanitário das Farc. Nas respostas datadas de 20 de janeiro, Reyes enfatiza que "a troca será bilateral". "Nesse sentido, insistimos na necessidade da retirada da polícia dos municípios de Pradaria e Flórida para formalizar o acordo", afirmou. Os rebeldes mantêm em cativeiro 57 seqüestrados, 24 civis e 33 membros da Polícia, entre os quais se encontra a ex-candidata à Presidência Ingrid Betancourt, raptada em fevereiro de 2002. As Farc querem "trocar" os seqüestrados por guerrilheiros presos na Colômbia e no exterior.

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