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Farmacêutica desiste de testar remédio contra Ebola na Libéria

A recuada abrupta nos planos da farmacêutica levanta questões sobre o impacto dos casos cada vez menores de pacientes com Ebola no Oeste da África sobre os testes com drogas e vacinas atualmente realizados na região.

Atualização:

A empresa farmacêutica Chimerix descartou a possibilidade de testar sua droga experimental contra o Ebola em pacientes na Libéria, afirmando que o número de infecções caiu nas últimas semanas e que apenas uma pequena parcela dos pacientes haviam sido inscrita no estudo. A companhia afirmou em nota publicada na noite de sexta-feira que, após discutir com a Administração norte-americana de Alimentos e Medicamentos (FDA), vai "cessar qualquer participação em todos os atuais e futuros estudos clínicos do remédio brincidofovir" para pacientes com o vírus do Ebola. Isso inclui uma pesquisa na Libéria patrocinada pela Universidade de Oxford que teria início neste mês.

A empresa farmacêutica Chimerix descartou a possibilidade de testar sua droga experimental contra o Ebola em pacientes na Libéria Foto: AP

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Peter Horby, um pesquisador de Oxford que ajudava na realização do estudo, afirmou que a decisão de suspendê-lo "surgiu de discussões bilaterais entre a Chimerix e a FDA". Ele disse desconhecer qualquer outra razão para a medida além do número decrescente de casos.

A recuada abrupta nos planos da farmacêutica levanta questões sobre o impacto dos casos cada vez menores de pacientes com Ebola no Oeste da África sobre os testes com drogas e vacinas atualmente realizados na região. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a incidência de doenças mortais continua a cair nos três países mais atingidos pela epidemia no ano passado: Guiné, Libéria e Serra Leoa.

A Chimerix planejava desenvolver o brincidofovir inicialmente para prevenir e combater um vírus diferente, o Citomegalovírus. No ano passado, testes de laboratório sugeriram que o medicamento também teria potencial para tratar o Ebola, o que levou ao seu uso emergencial em diversos pacientes infectados, além de dar início a uma série de testes clínicos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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