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Fatah criará ´Exército´ de 12 mil com ajuda de EUA e UE

Doações externas servirão para financiar equipamentos, armas, veículos, equipamentos de telecomunicações e coletes, além de custear despesas de tropas

Por Agencia Estado
Atualização:

O movimento nacionalista Fatah, cujo líder é o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, pretende criar um "Exército" com 12 mil efetivos, com a ajuda financeira dos Estados Unidos e da União Européia (UE), segundo a edição desta segunda-feira do jornal Yedioth Ahronoth. "Fontes do Fatah", não identificadas pelo jornal, disseram que os EUA, que prometeram recentemente uma doação de cerca de US$ 90 milhões para a Guarda Presidencial de Abbas, fornecerá equipamentos, armas leves, veículos, equipamentos de telecomunicações e coletes à prova de balas. A fonte não esclareceu se esse "Exército" fará parte dos organismos de segurança da ANP, que contam com 70 mil homens leais ao presidente Abbas, que estão participando dos choques em Gaza com os milicianos do Hamas. Doações européias servirão para custear as despesas da força, cujos efetivos seriam o dobro dos seis mil que constituem a "força auxiliar" criada há alguns meses pelo primeiro-ministro Ismail Haniyeh, do Hamas, e pelo ministro do Interior, Said Siyam. "Nós analisaremos os candidatos um a um", disse um dos encarregados de recrutar os efetivos, que não podem ser ativistas do Hamas, e se o candidato tiver um irmão islamita também "não será incorporado ao Exército". O Egito também fornecerá ao Fatah jipes militares e outros veículos, disse a fonte, um ativista próximo ao coronel Mohammed Dahlan, assessor de segurança de Abbas, e "homem forte" desse movimento na faixa autônoma de Gaza. Segundo o jornal de Tel Aviv, o governo israelense não obstruirá as provisões para a nova força palestina, mas não contribuirá para armá-la. Um dos objetivos do Fatah é aglutinar os diferentes grupos armados do movimento entre os efetivos do "Exército". Uma dessas milícias é a das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, que, junto cm o braço armado da Jihad Islâmica, assumiu nesta segunda o ataque de um suicida a uma padaria do povoado israelense de Eilat, onde três pessoas morreram, além do terrorista.

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