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Fatah promete conter ataques contra Israel

Por Agencia Estado
Atualização:

O movimento político Fatah, ligado ao líder palestino Yasser Arafat, prometeu nesta terça-feira evitar atentados contra civis israelenses por milicianos sob seu controle, segundo um comunicado emitido pelo grupo. O anúncio cria uma pequena abertura na direção de uma trégua. No entanto, outros grupos islâmicos informaram que seus ataques persistirão. O comunicado da Fatah não menciona os militares israelenses e os assentamentos judaicos contruídos por Israel em territórios ocupados na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. A declaração foi divulgada um dia depois de Arafat ter feito um apelo aos grupos palestinos para que ponham fim aos atos extremistas. Porém, ainda não está claro se todas as correntes da Fatah acatarão o compromisso declarado hoje. Enquanto isso, o ministro israelense das Relações Exteriores, Shimon Peres, e o ministro palestino de gabinete Saeb Erekat, um confidente de Arafat, chefiaram equipes de autoridades dos dois lados numa reunião para o debate de medidas para aliviar a tensão no Oriente Médio. O ministro palestino de Comércio, Maher el-Masri, disse que a reunião não produziu resultados. Um comunicado emitido pelo gabinete de Peres informou que o ministro da Defesa de Israel, Binyamin Ben-Eliezer, e o ministro de Interior palestino, Abdel Razak Yehiyeh, se reunirão nos próximos dias para negociar uma proposta palestina para que Israel recue seus soldados estacionados em Hebron, cidade palestina autônoma reocupada recentemente pelo Exército judeu. Nas primeiras horas de quarta-feira (dia 11, pelo horário local), tanques e soldados israelenses invadiram o norte de Gaza e tomaram controle de um aldeia, disseram testemunhas. Não há informações sobre vítimas. O Exército israelense não comentou o incidente. Ainda nesta terça-feira, o Conselho Legislativo Palestino (Parlamento) adiou de hoje para amanhã a apresentação de um voto de confiança no novo gabinete formado por Arafat. Diversos parlamentares não concordam com a reformulação, realizada em junho após pressão dos Estados Unidos e de Israel. "Não houve mudança genuína no governo", disse Jamal Shati, representante da cidade de Jenin e membro da Fatah. O Parlamento decidirá amanhã se a votação será sobre os nomes dos seis ministros recém-nomeados ou todo o gabinete. Numa tentativa de influir sobre a votação, Arafat está mantendo contato com os membros da Fatah, que compõe a maioria no Parlamento.

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