Fatwa condena Zardari por elogiar Sarah Palin

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Por The Guardian , Christian Science Monitor e Islamabad
Atualização:

Com seus calorosos elogios à candidata republicana à vice-presidência dos EUA, Sarah Palin, o presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, conseguiu um feito único: unir feministas e radicais islâmicos paquistaneses. Durante a Assembléia-Geral da ONU, em Nova York na semana passada, Zardari disse que Sarah era "ainda mais bonita pessoalmente". "Agora entendo por que os EUA estão loucos por você", afirmou o viúvo da ex-premiê Benazir Bhutto. Um mulá de Islamabad lançou uma fatwa (decreto religioso) contra o presidente Zardari, dizendo que ele envergonhou o país "com seus gestos indecentes e comentários obscenos e por elogiar uma mulher não muçulmana que usava uma saia curta". Já as feministas paquistanesas criticaram os "comentários sexistas" de Zardari. "Achei a cena vergonhosa e inaceitável. O presidente não tratou Sarah Palin como uma política", disse Tahira Abdullah, líder do Fórum da Ação da Mulher. "Ele deveria se portar como uma viúvo em luto." O encontro da candidata republicana com Zardari rendeu piadas, dizendo que suas reuniões com líderes mundiais eram uma diplomacia speed dating, em referência a breves encontros amorosos.

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