FBI ignorou advertências ao espionar ligações nos EUA

Agência ignorou avisos sobre os métodos usados para obter históricos de ligações

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Por Agencia Estado
Atualização:

O FBI (Polícia federal americana) ignorou durante dois anos as advertências de advogados e continuou utilizando procedimentos questionáveis para obter históricos de ligações telefônicas de milhares de americanos, afirmou neste domingo, 18, o jornal The Washington Post. O diário, que cita documentos e fontes não identificadas do FBI e do Departamento de Justiça, afirma que os advogados da FBI começaram a mostrar sua preocupação com a prática em outubro de 2004, mas não realizaram uma apuração detalhada do procedimento até o final do ano passado. No início desse mês, o FBI reconheceu que tinha violado as normas de privacidade em vigor nos EUA ao ter acesso às ligações telefônicas, e-mails e relatórios financeiros de cidadãos, como parte de sua estratégia antiterrorista. O diretor do FBI, Robert Müller, assumiu em 9 de março a culpa no uso ilegal da Lei Antiterrorista dos EUA para obter secretamente informações pessoais sobre cidadãos americanos. O "mea culpa" de Müller coincidiu com a publicação de um relatório do Departamento de Justiça, que afirma que, durante três anos, o FBI não deu informações completas ao Congresso americano sobre o número de vezes que obrigou várias empresas a entregar dados de seus clientes. Algumas vezes, os agentes do FBI exigiram a informação sem ter a autorização pertinente, de acordo com o estudo.

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