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FBI prende cinco supostos membros da Al-Qaeda

Por Agencia Estado
Atualização:

O FBI (polícia federal americana) prendeu por volta da meia-noite da sexta-feira, em Buffalo, no Estado de Nova York, cinco cidadãos americanos de origem iemenita suspeitos de colaborar com a rede terrorista Al-Qaeda, dirigida pelo saudita Osama bin Laden. Eles se reuniam numa mesquita no subúrbio de Lackawanna, não muito distante da cidade de Nova York, um dos alvos dos atentados de 11 de setembro de 2001. Ao mesmo tempo, as autoridades americanas confirmaram hoje a informação dada na noite de ontem pelo presidente paquistanês, Pervez Musharraf, sobre a prisão, em Karachi, de um dos principais líderes da Al-Qaeda, Ramzi Binalshibh. A detenção ocorreu durante uma operação das forças de segurança no Paquistão, que resultou num tiroteio em que morreram dois membros da Al-Qaeda. Com Binalshibh foram detidas outras dez pessoas: um egípcio, um saudita e oito iemenitas. No caso da prisão em Buffalo, a emissora de TV CBS informou que os cinco moravam perto um do outro e seu líder se encontra fora dos EUA. Os agentes do FBI qualificaram as prisões de "significativas", mas disseram não poderem antecipar detalhes porque o caso transcorre sob sigilo na Justiça. O governo não pretende por enquanto formular contra eles a acusação de "planejar atos terroristas", mas apenas a de prover material e recursos a uma organização terrorista. Eles foram detidos depois de o serviço secreto descobrir que estiveram no Afeganistão, onde receberam treinamento em um acampamento da Al-Qaeda. Fontes do The New York Times disseram que a investigação que culminou na captura dos cinco homens foi um dos fatores que levaram as autoridades a impor o estado de alerta laranja - o segundo mais grave, na escala de advertência sobre ataques terroristas. Mas o acontecimento determinante foram informações obtidas com um importante dirigente da Al-Qaeda, Omar al-Farouq, preso há algumas semanas no Sudeste da Ásia. As investigações mostraram que células da organização na Ásia planejavam um ataque a instalações americanas, em local não determinado. As fontes não informaram se há conexão entre Al-Farouq e os cinco homens presos em Buffalo.

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