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Federação de Direitos Humanos pede intervenção da ONU em Gaza

A FIDH solicitou intervenção do Conselho de Segurança das Nações Unidas na "dramática" situação de Gaza

Por Agencia Estado
Atualização:

A Federação Internacional dos Direitos Humanos (FIDH) solicita a intervenção do Conselho de Segurança das Nações Unidas na "dramática" situação de Gaza, com o envio de uma "força internacional de interposição". Em carta enviada aos membros do Conselho de Segurança da ONU e ao secretário-geral da organização, Kofi Annan, o presidente da FIDH, Sidiki Kaba, pede a adoção de uma resolução nesse sentido. "A força internacional de interposição para Gaza deve assegurar o abastecimento de alimentos, água e luz para a população palestina, assim como sua proteção", reivindica a FIDH em sua carta. A organização considera que o Conselho de Segurança da ONU tem "a obrigação de intervir" em relação aos "crimes de guerra" e inclusive "crimes contra a humanidade" que Israel teria cometido em Gaza. Para apoiar suas acusações, a FIDH enumera as múltiplas violações contra o direito internacional realizadas por Israel: civis mortos, prisões arbitrárias e bombardeios de uma central de energia, entre outras ações. O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, assegurou, neste domingo, que o Exército continuará a ofensiva militar na Faixa de Gaza, mas de forma "comedida" e, pelo lado palestino, Mahmoud Abbas despachou dois enviados a Damasco para buscar uma solução pelo seqüestro do soldado Gilad Shalit. A FIDH lamenta o seqüestro do soldado, que tem dupla nacionalidade - israelense e francesa. Contudo, considera a resposta de Israel "desproporcional" e acredita que a ação se encaixa, "pelo menos, como crime de guerra, incluindo crimes contra a humanidade". A organização pede à ONU que estimule os palestinos a libertar o soldado e solicita a Israel que respeite o direito internacional e os direitos humanos. Além disso, pede que os israelenses interrompam "imediatamente" sua operação militar e liberte "sem condições prévias" os políticos palestinos detidos e pede ao Quarteto de Madri (Estados Unidos, União Européia, Rússia e ONU) que reexamine o mecanismo de ajuda financeira à população palestina, proposto em maio pelo Banco Mundial, para pagar os salários dos funcionários palestinos.

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