Festivais espanhóis decidem parar de destruir boneco de Maomé

Os festivais comemoram a expulsão dos mouros da Espanha, que foi finalizada em 1492 depois de eles terem controlado por cerca de 800 anos grande parte do país

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Por Agencia Estado
Atualização:

Organizadores de tradicionais festivais espanhóis nos quais participantes explodem bonecos representando o profeta Maomé decidiram suspender alguns costumes para evitar ofender muçulmanos, divulgou um jornal. Os festivais comemoram a expulsão dos mouros da Espanha, que foi finalizada em 1492 depois de eles terem controlado por cerca de 800 anos grande parte do país. As "fiestas" são populares em muitas regiões da Espanha, principalmente no sudeste, como em Valença. Participantes se vestem com roupas da época e simulam batalhas entre os cristãos e os muçulmanos. No fim, os cristãos derrotam os mouros muçulmanos e um boneco representando Maomé é destruído. Mas depois da revolta mundial dos muçulmanos pela publicação de charges de Maomé um ano atrás, algumas vilas estão contendo as cenas nos festivais, escreveu o jornal El Pais. No caso mais recente, no mês passado a vila de Boneixama, na área de Valença, foi suspenso o costume de explodir com fogos de artifício um boneco de Maomé para marcar o momento quando os cristãos retomam o castelo da vila dos mouros. "Não era um parte essencial e, como poderia ofender os sentimentos de algumas pessoas, resolvemos cancelá-la", afirmou o prefeito Antonio Valdés ao diário. Cerca de um milhão de muçulmanos vivem na Espanha, a maioria imigrantes do Norte da África.

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