
08 de maio de 2015 | 14h45
HAVANA - Em artigo publicado nesta sexta-feira, 8, pela imprensa oficial de Cuba, o ex-presidente Fidel Castro afirmou que Rússia e China constituem "um escudo poderoso da paz e da segurança mundial" que pode contribuir para frear os perigos à espécie humana.
No texto intitulado "Nosso direito a ser marxistas-leninistas", com a data de quinta-feira, Fidel aborda temas como a comemoração na Rússia do 70.º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista, as disputas mundiais do século passado, o papel soviético na 2.ª Guerra Mundial e os problemas de sobrevivência enfrentados pela humanidade.
"Os dois países, com cooperação, ciência avançada e poderosos Exércitos e valentes soldados, constituem um escudo poderoso da paz e da segurança mundial, a fim de que a vida de nossa espécie possa ser preservada", afirmou o líder da Revolução Cubana, se referindo à "sólida aliança" entre os povos de Rússia e China.
Preocupado com o crescimento populacional e ameaças como "a escassez de água e alimentos para bilhões de pessoas em um breve espaço de tempo", Fidel também cita que "a saúde física e mental e o espírito de solidariedade são normas que devem prevalecer, ou o destino do ser humano será perdido para sempre".
Para o ex-presidente cubano, milhões de cientistas "podem aumentar as possibilidades de sobrevivência da espécie humana". Ele lamenta que não seja mencionada a migração à Europa Ocidental de "um rio de emigrantes africanos, do continente colonizado pelos europeus durante centenas de anos".
O escrito de Fidel, de 88 anos e afastado do poder desde 2006, coincide com a visita à Rússia do irmão e sucessor na presidência, Raúl Castro, que se reuniu na quinta com o líder russo, Vladimir Putin, e comparecerá em Moscou às comemorações pelos 70 anos da vitória na 2.ª Guerra.
"Ao comemorar o 70.º aniversário da Grande Guerra Pátria (como se chama na Rússia o período da 2.ª Guerra Mundial desde a invasão da URSS pelos nazistas em junho de 1941), desejo deixar clara nossa profunda admiração pelo heroico povo soviético, que prestou um serviço colossal à humanidade", escreveu Fidel, ressaltando que os 27 milhões de soviéticos que morreram "o fizeram pela humanidade e pelo direito a pensar e a ser socialistas, ser marxistas-leninistas, ser comunistas, e a sair da pré-história". /EFE
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.