O presidente cubano, Fidel Castro, advertiu que "não sobrará nenhuma" discoteca que seja ponto de venda de drogas na ilha e negou que seu governo esteja pensando em decretar uma "lei seca" para combater o crescente consumo de álcool. "Quem quiser rum que o compre, e o compre caro", disse Fidel. Em 3 de dezembro passado, ele criticou o tabagismo e o alcoolismo na ilha, causadores de "sérios problemas de retardamento mental detectados sobretudo no oriente do país", segundo disse ao citar uma investigação realizada por 1.000 especialistas. O presidente cubano qualificou as discotecas como "escolinhas para a introdução do delito e outros vícios", onde há "suborno, corrupção e muito fumo", referindo-se ao consumo de maconha, "embora não vá sobrar uma" que se encaixe nesse caso. "Aqui nunca se venderá barato nem o rum nem os charutos", insistiu. Na véspera, a televisão cubana havia dedicado um programa ao consumo de drogas, com ênfase nas conseqüências para a juventude do consumo de ecstasy - uma droga que também se vende em discotecas cubanas e provoca graves transtornos mentais. Nas últimas semanas, o procurador geral da República, Juan Escalona, reconheceu que contrabandistas levam as drogas em botes às costas cubanas, para que sejam vendidas aos turistas.