HAVANA- O líder cubano Fidel Castro reafirmou nesta sexta-feira, 10, sua condenação ao holocausto judeu e às perseguições de cristãos a muçulmanos, ao esclarecer preocupações de "amigos árabes" sobre sua entrevista concedida à revista The Atlantic. As informações são da agência de notícias AFP.
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"Muitos amigos árabes, ao escutar que dei entrevista ao (jornalista Jeffrey) Goldberg, se preocuparam e enviaram mensagens o qualificando como 'o maior defensor do Sionismo'", disse Fidel em uma mensagem lida na apresentação da segunda parte de seu livro autobiográfico na Universidade de Havana.
Ao tentar evitar "qualquer confusão" sobre o tema, o líder comunista disse que "sempre" condenou "o holocausto" e "nunca" foi "inimigo do povo hebreu".
Segundo Goldberg, Fidel criticou o presidente Mahmoud Ahmadinejad por negar o holocausto e disse que o governo iraniano contribuiria para a paz na região se entendesse porque os israelenses temem por sua existência.
O ex-ditador ainda teria dito acreditar que "ninguém foi mais difamado que os judeus. Diria que muito mais que os muçulmanos. Foram mais difamados que os muçulmanos porque são culpados e caluniados por tudo. Ninguém culpa os muçulmanos de nada".