
29 de novembro de 2011 | 09h34
O dia transcorreu sem grandes incidentes, apesar da ocupação da Praça Tahrir por manifestantes que exigem a renúncia da junta militar que governa o Egito, de mudanças na distribuição das zonas eleitorais e da desconfiança por parte de muitos eleitores em relação à Justiça eleitoral, herdada do regime de Mubarak.
A eleição está polarizada entre islâmicos e seculares. De um lado, a Irmandade Muçulmana, o grupo mais bem organizado e com maior credibilidade que restou do antigo conjunto de partidos, aliado do Al-Nur , novo partido salafista (islâmico radical).
No outro extremo, estão os seculares do Bloco Egípcio, que reúne três partidos liberais, e da Aliança Completando a Revolução, composta por grupos de jovens e socialistas.
Transição
Depois desses dois dias, as eleições para a Assembleia Popular, como é chamada a Câmara dos Deputados do Egito, continuarão em outros dois conjuntos de Estados, terminando no dia 3 de janeiro. A partir daí, começará a eleição para o Conselho da Shura, equivalente ao Senado, que terminará em março.
A Câmara dos Deputados nomeará os cem integrantes de uma assembleia que elaborará uma nova Constituição. Cedendo às pressões dos manifestantes, a junta militar prometeu acelerar a transição e antecipou a eleição presidencial para o fim de junho. Antes, elas ocorreriam apenas no fim de 2012 ou em 2013. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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