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Filho de ex-presidente Jacob Zuma é acusado de corrupção

Segundo imprensa local, Duduzane Zuma teria oferecido suborno a membro do governo sul-africano em 2015; julgamento do caso foi adiado para 2019

Atualização:

JOANESBURGO, ÁFRICA DO SUL - O filho do ex-presidente sul-africano Jacob Zuma, Duduzane Zuma, foi acusado de corrupção por um suposto caso de propina envolvendo um membro do governo em 2015. O empresário compareceu a uma corte de apelações nesta segunda-feira, 9, que determinou o pagamento de fiança e o adiamento do julgamento do caso para 2019.

Duduzane Zuma, filho do ex-presidente sul-africano Jacob Zuma, é acusado de tentar subornar membro do governo em 2015 Foto: REUTERS/Siphiwe Sibeko

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De acordo com fontes policiais aos jornais locais, Duduzane é acusado de ter orquestrado um encontro há três anos entre o então vice-ministro de Finanças da África do Sul, Mcebisi Jonas, com Ajay Gupta, membro da família empresarial indiana que está no centro dos escândalos de corrupção no país. Segundo Jonas, Gupta teria oferecido, em nome de Duduzane, cerca de 45 milhões de dólares para aceitar assumir o cargo de ministro de Finanças do país. Jonas recusou a oferta.

O filho de Jacob Zuma confirmou a realização do encontro, mas negou que qualquer tipo de propina tenha sido oferecida a Jonas. Após o pai ser eleito presidente do Congresso Nacional Africano em 2007 e então presidente dois anos depois, Duduzane se tornou mais próximo da família Gupta, assumindo até onze cargos executivos nas empresas da família indiana. Atualmente, investigadores sul-africanos apuram os negócios firmados pelas companhias Gupta com o governo.

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Na semana passada, Duduzane retornou à África da Sul para comparecer ao funeral do irmão. Ele chegou a ser detido brevemente no aeroporto devido à acusação. Nesta segunda-feira, Duduzane compareceu à audiência de fiança na corte de apelações, que determinou o pagamento de 100 mil rands (cerca de 7,5 mil dólares). A Justiça também adiou o julgamento do caso para 24 de janeiro de 2019. 

Família

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Em março deste ano, a Procuradoria local de Joanesburgo anunciou que o ex-presidente sul-africano Jacob Zuma será julgado por corrupção no caso de um contrato de armamentos de US$ 2,5 bilhões com industriais estrangeiros, firmado em 1999. A Justiça suspeita que Zuma, de 75 anos, cobrou subornos com várias empresas estrangeiras, entre elas a francesa Thalès, quando era ex-presidente.

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Em meados de fevereiro, Zuma apresentou sua renúncia “com efeito imediato” em meio à pressão de seu partido, o Congresso Nacional Africano (CNA), para que entregasse o poder em razão dos escândalos de desvio de fundos públicos. //REUTERS, THE NEW YORK TIMES

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