Filho de Kim Jong-nam publica vídeo e pede que situação 'melhore logo'

Inteligência da Coreia do Sul identificou Kim Han-sol como autor de imagens divulgadas no Youtube nesta terça

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Kim Jong-nam, meio-irmão de Kim Jong-um, foi assassinado em 13 de fevereiro Foto: Shin In-seop/AP Photo

SEUL - O serviço de inteligência da Coreia do Sul confirmou nesta quarta-feira, 8, que o filho de Kim Jong-nam, assassinado em 13 de fevereiro na Malásia, publicou um vídeo na internet no qual diz esperar que a situação "melhore logo".

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"Meu nome é Kim Han-sol, sou da Coreia do Norte. Sou parte da família Kim e este é meu passaporte", diz em inglês o jovem, que tem 21 anos e estudou em Paris,. O vídeo tem apenas 40 segundos e foi publicado no Youtube nesta terça-feira, 7.

Investigadores sul-coreanos confirmaram à agência Yonhap que se trata do filho de Kim Jong-nam e que crê que foi ele mesmo que publicou as imagens na internet.

No entanto, a página do passaporte que o jovem Kim mostra na tela e que mostraria sua identidade aparece censurada com uma tarja preta. "Meu pai foi assassinado há alguns dias. Agora estou com minha irmã e minha mãe. E estamos muito agradecidos a (...)", prossegue Kim, cujas palavras de gratidão são censuradas durante alguns segundos. O vídeo termina com uma pequena mensagem: "e esperamos que toda esta situação melhore logo".

As imagens foram publicadas em um canal chamado "Cheollima Civil Defense", um misterioso grupo que assegura atendeu a uma chamada de emergência dos "sobreviventes da família Kim".

O grupo diz ainda que a família foi levada "a um lugar seguro", que não será revelado. "Este será o primeiro e último comunicado em relação ao assunto", afirmou.

As três pessoas as quais o vídeo faz referência seriam Kim Han-sol, sua irmã Sol-hui, de 18 anos, e a mãe de ambos e segunda mulher de Kim Jong-nam, Lee Hye-kyong. Eles viviam aparentemente em Macao, onde o meio-irmão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, estava em exílio nos últimos anos.

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Kim Jong-nam foi envenenado em 13 de fevereiro por duas mulheres, uma indonésia e outra vietnamita, no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur. Elas foram presas e indiciadas. A Coreia do Sul acusou o Norte de tramar o assassinato. As autoridades da Malásia suspeitam que há menos oito cidadãos norte-coreanos envolvidos no crime. / EFE

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