PUBLICIDADE

Filho de político indiano é condenado a prisão perpétua

Manu Sharma, inicialmente declarado inocente, matou modelo que trabalhava como garçonete porque ela alegou que o estabelecimento já tinha fechado

Por Agencia Estado
Atualização:

A Corte Suprema indiana condenou nesta quarta-feira a prisão perpétua Manu Sharma pelo assassinato da modelo Jessica Lall, segundo informou a rede de televisão NDTV. Manu Sharma é parente do ex-presidente Shankar Dayal Sharma e filho de um influente político, Venod Sharma, que presidia o Partido do Congresso (governista) na região de Haryana. O caso comoveu a opinião pública indiana há sete anos e se tornou um dos maiores escândalos da Justiça do país. Inicialmente, Sharma foi declarado inocente do crime, cometido numa movimentada discoteca. Três testemunhas desmentiram os seus depoimentos iniciais. A absolvição do jovem, apesar dos depoimentos de dúzias de testemunhas, causou no país uma forte polêmica. Na segunda-feira passada, a Corte Suprema anulou a absolvição e declarou o réu culpado do crime. Os crime foi cometido em 29 de abril de 1999, quando a modelo, que trabalhava como garçonete, se negou a servir uma bebida a Sharma, alegando que o estabelecimento já tinha fechado. Irritado, ele deu um tiro nela e fugiu. O caso Após um primeiro julgamento repleto de contradições, que terminou em fevereiro, Sharma foi declarado inocente. A Corte Suprema considerou a sentença, segundo o jornal Times of India, "uma avaliação imatura, fruto de uma leitura errônea do material". Durante as audiências, três testemunhas essenciais mudaram seu depoimento. Outras três mantiveram seu testemunho contra Sharma: Bina Ramani, seu marido e sua filha. A sentença de fevereiro comoveu o país, levando 200 mil pessoas a pedirem justiça ao presidente Abdul Kalam. A polícia recorreu à Corte Suprema, que declarou Sharma culpado e anunciou nesta quarta-feira a sentença definitiva, baseando-se no testemunho de Ramani e sua família, que "viram o acusado atirar".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.