CABUL - O filho do líder dos talibãs morreu na quinta-feira, 20, ao realizar um atentado suicida com carro-bomba contra as forças de segurança do Afeganistão, informou neste sábado, 22, à Agência Efe o porta-voz talibã, Zabihullah Mujahid.
O filho do mulá Haibatullah, o jovem Abdul Rahman, conhecido como Hafiz Badri, foi um dos três terroristas suicidas que morreram nos três ataques com carro-bomba em vários postos de segurança das forças afegãs no distrito de Gereshk, na província de Helmand, indicou o porta-voz.
Os insurgentes efetuaram na quinta-feira três atentados com carro-bomba neste distrito e lançaram ataques coordenados contra as forças afegãs, mas foram detidos com apoio aéreo dos Estados Unidos e a chegada de reforços após dois dias de intensos combates.
Segundo o porta-voz do governador de Helmand, Omar Zwak, entre quinta e sexta-feira, 21, 67 talibãs morreram e outros 80 ficaram feridos nos enfrentamentos na região, onde as tropas afegãs recuperaram o controle de três importantes áreas do distrito.
O mulá Haibatullah se tornou líder dos talibãs no ano passado, depois que seu predecessor, o mulá Mansour, morreu em um ataque dos EUA em maio de 2016.
Desde o fim da missão de combate da OTAN em janeiro de 2015, os insurgentes ganharam terreno em diversas partes do Afeganistão e na atualidade controlam, têm influência ou disputam com o governo pelo menos 43% do território afegão, segundo dados de Washington.
Ataque. Pelo menos 11 policiais morreram e outros 20 estão desaparecidos depois que os talibãs atacaram, na sexta-feira, 21, um posto de controle no norte do Afeganistão, um ataque no qual também morreram 18 insurgentes, segundo informou, neste sábado, à Agência Efe uma fonte oficial.
"Pelo menos 11 polícias afegãos morreram e outros 20 estão desaparecidos depois que os talibãs efetuaram um ataque coordenado contra eles no distrito de Tagab", na província nordeste de Badakhshan, indicou o porta-voz do governador provincial, Nik Mohammad Nazari.
O porta-voz declarou ainda que os talibãs sofreram pelo menos 18 baixas entre suas fileiras durante o combate.
A violência no Afeganistão tem se intensificado durante os últimos dois anos, após o final da missão de combate da OTAN no país, e neste momento o governo controla apenas 57% do território do país, segundo o Inspetor Especial Geral para a Reconstrução do Afeganistão (SIGAR) dos Estados Unidos.
A OTAN continua no Afeganistão com cerca de 13.000 soldados em tarefas de assessoria e capacitação, dos quais os Estados Unidos mantêm cerca de 8.400, como parte desse operativo de assistência e em tarefas antiterroristas. / EFE