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Filipinas declara zona de catástrofe à espera de 'super tufão'

Parma deve atingir o país no sábado com ventos de até 230 km/h; Ketsana matou cerca de 300 nesta semana

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Por Redação
Atualização:

A presidente das Filipinas, Gloria Macapgal Arroyo, declarou nesta sexta-feira, 2, todo o território filipino como "zona de catástrofe" por conta da chegada do super tufão Parma, que deve atingir a região no sábado. O país ainda não recuperou da devastação provocada pelo tufão Ketsana no último final de semana e pelas inundações que se seguiram, que deixou cerca de 300 mortos, 42 desaparecidos e 2,5 milhões de desabrigados.

 

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O serviço meteorológico das Filipinas indicou que Parma, que viaja com ventos de 195 km/h e prestes a se transformar em um "super tufão", com ventos de até a 230 km/h, está a 150 quilômetros de Catanduanes, no litoral oriental, e tocará terra na próxima madrugada. As autoridades começaram a esvaziar moradores de zonas ameaçadas, como na província de Laguna, vizinha a Manila. Os meteorologistas advertem que Parma é muito mais poderoso que Ketsana, que quando passou pelas Filipinas era só uma tempestade tropical.

 

Sob o estado de calamidade, as autoridades locais podem usar fundos de emergência e o governo nacional amplia seus poderes, como o de controle dos preços dos produtos de primeira necessidade. Um total de 419.333 pessoas continuam em centros de desabrigados e a quantia dos danos que causou ascenderam a 5.102 milhões de pesos (US$108 milhões ou 74,4 milhões de euros). Além disso, o tufão causou a morte de outras 125 pessoas no Vietnã e Camboja.

 

Segundo o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), cerca de 1,8 milhão de pessoas estão diretamente ameaçadas pela passagem do tufão no fim de semana. "Oito milhões e meio de pessoas vivem no caminho deste tufão, e 1,8 milhão nas áreas em que os ventos serão mais fortes... E correm o risco de sofrer o impacto máximo", afirmou a porta-voz da organização, Elisabeth Byrs.

 

O ministro da Defesa filipino, Gilberto Teodoro, advertiu à população que não trabalharão em seu resgate se não obedecem a ordem de retirada, que já afeta às províncias de Catanduanes, Camarins Norte, Quezón, Aurora e Polillo. "Não arriscaremos vidas para ir salvá-los", declarou em discurso transmitido pela televisão.

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