
15 de outubro de 2012 | 15h46
O acordo, também chamado de plano para um acordo definitivo de paz, cuja data final está prevista para o início de 2016, concede ampla autonomia a uma minoria muçulmana no sul das Filipinas em troca de que se ponha fim a uma campanha de violência que, em mais de 40 anos, suprimiu o desenvolvimento regional e deixou dezenas de milhares de mortos.
Assinaram o documento o presidente Benigno Aquino III, o líder máximo da Frente Moro de Libertação Islâmica (FMLI), Al Haj Murad Ebrahim, e o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, cujo país contribuiu para a finalização do acordo. Ebrahim pisou pela primeira vez no palácio presidencial.
"Nós somos homens e líderes que querem fazer algo positivo e decidimos que chegou o momento de que optemos por uma posição de superioridade moral", afirmou Najib.
Ele assinalou que o acordo "protegerá os direitos do povo bangsamoro e preservará a soberania e integridade territorial das Filipinas". Advertiu também que este compromisso "não resolve todos os problemas, mas fixa bem os parâmetros em que a paz possa ser estabelecida".
"Depois de quatro décadas (de conflito), a paz está ao alcance", explicou.
O documento de 13 páginas esboça os principais compromissos gerais, como os limites da autoridade concedida à nova região autônoma muçulmana, que se chamará Bangsamoro, em uma nação predominantemente católica. Estes limites abarcam os aspectos de administração política e de território. As informações são da Associated Press.
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