Filipinas: violência faz chefe de Polícia ameaçar dispensas

Cerca de 30 pessoas foram mortas desde o início da campanha eleitoral no país

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Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor-geral da Polícia Nacional das Filipinas (PNP), Oscar Calderon, ameaçou nesta segunda-feira despedir seus comandantes regionais caso continue aumentando o número de mortos relacionados com as eleições de 14 de maio. Segundo Calderon, "a taxa de incidentes violentos relacionados com as eleições por todo o país aumentou alarmantemente. Quase 30 pessoas, 23 delas políticos, foram assassinadas desde o início da campanha eleitoral, em 14 de janeiro". "Estou dizendo aos meus 17 diretores regionais que redobrem seus esforços para deter a violência eleitoral. Necessitamos de uma visibilidade policial mais séria e efetiva, uma maior rigidez na proibição de porte de armas" para acabar com a violência, afirmou. As ordens de Calderon acontecem após a morte em um hospital de Manila do político Julian Resuello, prefeito de San Carlos, 180 quilômetros ao nordeste da capital, que ficou ferido no sábado enquanto fazia campanha. O chefe da PNP também ordenou a intensificação da campanha contra a circulação de veículos sem registro, especialmente motocicletas, o preferido pelos assassinos para fugir dos locais onde cometem seus crimes. A Polícia informou do assassinato no domingo em Mindanao de uma coordenadora do partido Alagad em um incidente que pode estar relacionado com as eleições. A coordenadora do partido Alagad Josephine Roa Villadores, de 46 anos, morreu baleada no veículo em que viajava por dois pistoleiros que estavam numa motocicleta e que conseguiram fugir após o ataque. "Ainda investigamos a possibilidade de o assassinato estar relacionado a uma disputa de terras entre a vítima e personalidades locais. Também levamos em conta a possibilidade de motivos políticos, já que a vítima é coordenadora do partido Alagad", disse o diretor da unidade Usig da Polícia, Geary Barias.

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