Fim de greve de fome de palestinos está próxima

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Por JERUSALÉM
Atualização:

Negociadores egípcios disseram ontem estar próximos de um acordo com Israel para pôr fim à greve de fome de 1,6 mil presos palestinos, que protestam por melhores condições no cárcere e o fim de prisões sem direito a julgamento. Três deles não comem há mais de 70 dias. Uma proposta entregue pelos egípcios ao governo israelense prevê o fim do confinamento dos prisioneiros em solitárias e o acesso de familiares aos detentos ligados ao Hamas. O documento também pede que Israel amenize a política de "detenções administrativas", quando os militantes palestinos são presos sem acusação formal. De acordo com a proposta egípcia, os detidos serão liberados ou indiciados formalmente. Representantes dos palestinos ainda têm de analisar a proposta. Autoridades israelenses se recusaram a comentá-la. De acordo com o porta-voz do governo do Hamas em Gaza, Taher Nunu, as negociações estavam em andamento e um desfecho poderia ocorrer a qualquer momento. Naqba. Militantes palestinos prometem manifestações em massa para lembrar amanhã a Naqba, o aniversário da sua derrota em 1948 para os israelenses. Neste ano, o principal tema dos protestos deve ser a greve de fome dos militantes presos. Espera-se que um acordo amenize a repercussão desses protestos em Israel. No total, há 4,6 mil palestinos presos em Israel. Segundo as autoridades prisionais israelenses, os 1,6 mil que se recusam a comer estão sob monitoramento médico constante e em condições estáveis. / AP

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