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O chefe do governo transitório colocou-se contra a perseguição das pessoas associadas ao antigo regime: "A escolha que os líbios têm diante de si é agir contra aqueles que moldaram nosso passado ou construir um novo futuro para si mesmos e para as próximas gerações".
Depois de seis meses de guerra civil, o CNT tem tentado evitar mais banho de sangue, negociando a rendição das forças leais a Kadafi em Bani Walid e Sirte - a primeira, reduto da tribo warfallah, que apoia o coronel, e a segunda, cidade natal do ditador líbio.
O prazo dado pelo CNT para as forças pró-Kadafi se renderem vence amanhã. Mas, sublinhando as dificuldades apontadas por Jibril, os combatentes leais a Kadafi dispararam ontem foguetes de Bani Walid contra as posições das forças do CNT, que cercam a cidade.
Em gravação de áudio transmitida na noite de quarta-feira pela emissora de TV Al-Rai, do partido governante sírio, Kadafi garantiu que continua na Líbia e "jamais deixará a terra de seus ancestrais", afastando rumores de que teria ou estaria tentando fugir para o Níger. "Só lhes resta (aos rebeldes) a guerra psicológica e as mentiras", disse Kadafi.
Em tom desafiante, o ditador disse que seus partidários estão "prontos para ampliar os ataques contra os ratos em Trípoli e em todos os lugares, para eliminar os mercenários".
A Corte Internacional de Justiça encaminhou à Interpol mandado de prisão contra Kadafi, seu filho Seif al-Islam e o seu cunhado e chefe do serviço secreto, Abdullah Sanussi. Os três são acusados de crime contra a humanidade por causa da repressão aos protestos na Líbia.