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Flotilha tem objetivo de 'instigar o ódio' contra Israel, diz chefe do Exército

Ativistas turcos prometem para o fim de junho nova frota que levará ajuda humanitária a Gaza

Atualização:

JERUSALÉM - O chefe do Exército de Israel, Benny Gantz, disse nesta terça-feira, 31, que os planos para enviar uma nova flotilha para levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, o que está previsto para o final de julho, têm o objetivo de "instigar o ódio e a provocação" contra o Estado judeu, e não ajudar o território palestino.

 

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"Os organizadores da flotilha estão trabalhando para instigar o ódio e a provocação contra Israel, e não pela vontade de ajudar a população de Gaza", disse ele ante o Comitê de Assuntos Exteriores e Defesa do Knesset (Parlamento israelense).

 

Gantz afirmou que as Forças de Defesa de Israel "aprenderam as lições" da primeira flotilha, que tentou chegar a Gaza em maio de 2010. Na ocasião, o ataque do Exército deixou nove ativistas mortos e irritou a comunidade internacional. Ele disse que "o Exército atuará para impedir toda tentativa de furar o bloqueio naval" e que "a comunidade internacional reconhece a legitimidade do cerco". Ele também negou que haja uma crise humanitária no território palestino.

 

Ativistas turcos planejam enviar mais uma frota ao território palestino, que é submetido a um bloqueio por parte de Israel, que teme que a entrada de suprimentos sirva para facções radicais palestinos produzirem armas. A segunda edição da flotilha deve ser formada por 15 navios e mil passageiros e partirá para Gaza na última semana de junho, segundo os organizadores.

 

Memorial

 

A facção palestina radical Hamas inaugurou também nesta terça-feira um memorial para os nove ativistas mortos no ataque à primeira flotilha. O local, na área portuária da Cidade de Gaza, tem monumentos de 12 metros erguidos como se fossem velas de navios. O primeiro-ministro do partido, Ismail Haniyeh, disse que o memorial relembra "os heróis que atraíram a atenção do mundo para o cerco a Gaza".

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