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FMI "encorajado" com plano argentino

Por Agencia Estado
Atualização:

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou hoje ter ficado "encorajado" com o plano de 14 pontos que o presidente Eduardo Duhalde e os governadores das províncias argentinas assinaram na semana passada. "O plano demonstra um amplo apoio político para enfrentar a difícil situação econômica da Argentina", disse o porta-voz do FMI, Thomas Dawson. Dawson informou que o ministro Roberto Lavagna teve uma demorada conversa telefônica na segunda-feira com a vice-diretora gerente do Fundo, Anne Krueger, durante a qual transmitiu seu "forte compromisso" de avançar rapidamente para transformar o plano de 14 pontos num programa econômico consistente e sustentável. "Trabalharemos com o ministro Lavagna no desenvolvimento de um programa forte", disse Dawson. "Estamos prontos a mandar equipes técnicas de volta a Buenos Aires, no momento apropriado". Ele deixou claro, no entanto, que a bola está no campo da Argentina. "Presumindo que se fará progresso na efetivação de elementos chaves do programa, uma missão plena (do Fundo) retornará a Buenos Aires para continuar as negociações". O porta-voz evitou dizer quando isso acontecerá, pois tal decisão depende da aprovação pelo Congresso das mudanças da lei de falências, da revogação da lei de subversão econômica e do início da execução do ambicioso acordo fiscal entre Duhalde e os governadores. Na segunda-feira, o embaixador da Argentina em Washington, Diego Guelar, disse que "os próximos 15 dias são muito importantes para a recuperação da credibilidade." Dawson enfatizou a urgência na efetivação das medidas já anunciadas. "A situação permanece volátil, os riscos continuam a ser grandes e é essencial que a nova equipe econômica atue rapidamente e de maneira decisiva para assentar as bases de um programa", disse ele. O porta-voz reiterou a conhecida preferência do Fundo para que a Argentina deixe o mercado determinar o valor do peso. "O Fundo aplaude a manutenção do compromisso com a política de flutuação, que continua a ser a abordagem mais apropriada nas atuais circunstâncias", disse. " A melhor maneira de evitar o ´overshooting´ (desvalorização excessiva) não é intervir no mercado, mas assegurar que o conjunto da política econômica seja consistente com as expectativas de estabilização e de restauração da confiança".

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