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FMI quer acordo de três anos com a Argentina

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Horst Köhler, anunciou que o organismo negociará com a Argentina um acordo de três anos, conforme entendimentos o governo argentino. "O presidente (Néstor Kirchner) está de acordo em que o FMI e o ministro (de Economia, Roberto Lavagna) conversem sobre um programa de médio prazo que possa contar com o apoio do Fundo", disse Köhler, completando que "nós estamos pensando em um acordo de três anos, e isso significa que não pensamos em um programa de curto prazo, nem em renovar o atual acordo" que expirará no dia 31 de agosto próximo. Köhler elogiou o trabalho do ministro de Economia da Argentina, Roberto Lavagna, e insistiu em que "esta visita me ajudou a compreender melhor a situação da Argentina e para trabalhar melhor com as atuais autoridades". O chefe do FMI se disse "muito feliz pelo fato de a economia argentina ter se recuperado com mais velocidade e melhor do que havíamos previsto". Mas advertiu que houve certa moderação na recuperação, sobretudo nos dois últimos meses, e "o vejo como um lembrete de que devemos consolidar um crescimento sustentável a médio e longo prazo". A Argentina eo FMI devem desenvolver trabalhos em três áreas com vistas à assinatura do próximo acordo stand by: um marco fiscal de médio prazo, sobretudo para melhorar as relações intergovernamentais na Argentina; estratégia para definir e elaborar a maneira de melhorar o processo de intermediação entre os depositantes e os investidores; e uma reforma jurídica e institucional para que a Argentina ganhe a reputação necessária para atrair investidores estrangeiros. O diretor afirmou que o FMI "não vai intervir" na reestruturação da dívida com os credores privados e considerou que a Argentina "deve mostrar ao mundo previsibilidade jurídica, fiscal e financeira". E esclareceu que o FMI "não vai armar um plano" para a Argentina porque essa é uma das "lições" aprendidas com a crise.

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