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Fonte do WikiLeaks, Chelsea Manning será professora convidada em Harvard

A ex-militar comentará "questões de identidade da comunidade homossexual e transexual" nas Forças Armadas americanas

Atualização:

WASHINGTON - A ex-militar Chelsea Manning, a primeira grande fonte do site WikiLeaks, será uma das professoras visitantes na Universidade Harvard para tratar questões de identidade da comunidade homossexual e transexual nas Forças Armadas dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira a instituição educativa. "O extenso grupo de professores convidados para o curso 2017-2018 permitirá cumprir com a missão de envolver os estudantes nos debates sobre temas-chaves de hoje em dia", indicou o Instituto de Política da Universidade Harvard.

Chelsea Manning posa o New York Times Foto: Inez and Vinoodh / The New York Times

Chelsea Manning comentará "questões de identidade da comunidade homossexual e transexual" nas Forças Armadas americanas. Manning, de 29 anos, saiu da prisão em maio após cumprir 7 anos, um quinto da pena que tinha recebido, graças ao perdão presidencial outorgado em janeiro pelo então presidente dos EUA, Barack Obama. Enquanto era analista de inteligência militar, Manning fez vazar em 2010 ao portal WikiLeaks, dirigido pelo australiano Julian Assange, mais de 700 mil documentos confidenciais sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão e telegramas do Departamento de Estado, o que representou um revés para a diplomacia americana e alimentou um debate sobre o papel de Washington no mundo. Após ser condenada, Manning revelou que se sentia mulher, pediu que começassem a chamar-lhe de Chelsea, em vez de Bradley, e se submeteu a tratamento para mudar de sexo. Juntamente com Manning, também darão aula em Harvard Sean Spicer, ex-porta-voz da Casa Branca durante os primeiros seis meses do governo de Donald Trump, e o chefe de campanha da ex-candidata presidencial democrata Hillary Clinton, Robby Mook. / EFE

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