Fonte palestina diz que reunião com Hamas será adiada

´Não haverá encontro no sábado´, disse o membro do grupo palestino, que pediu sigilo sobre sua identidade por conta da gravidade da questão

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um importante membro do partido palestino disse neste sábado que a reunião agendado entre o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, e o líder do Hamas, Khaled Mashaal foi adiada. "Não haverá encontro no sábado", disse o membro do grupo palestino, que pediu sigilo sobre sua identidade por conta da gravidade da questão. "Existem muitas dificuldades de se realizar este encontro e há mediadores tentando resolver estes problemas", acrescentou. No entanto, a possibilidade de a reunião ser realizada no domingo não foi descartada pela fonte. O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, chegou hoje a Damasco, onde pode se reunir com a máxima autoridade do movimento islâmico Hamas, Khaled Mashaal, para definir a formação de um Governo de união nacional. Em sua chegada ao aeroporto internacional de Damasco, Abbas não confirmou, mas também não descartou, a possibilidade de reunir-se com Mashaal, chefe do escritório do Hamas que vive exilado na capital síria. Caso a reunião entre Abbas e Mashaal aconteça, seria o primeiro encontro entre os líderes das duas principais facções palestinas, Fatah e Hamas, desde as eleições parlamentares palestinas. O movimento liderado por Mashaal venceu nas urnas, o que permitiu que a formação do novo Governo - antes controlado pelo Fatah, de Abbas. A chegada de Abbas a Damasco acontece após a visita do mediador palestino Ziyad abu Amar, membro do Fatah, ao país com o objetivo de abrir o caminho para tentar estabelecer um Governo palestino de coalizão nacional. Nos últimos meses, o presidente da ANP tentou, sem sucesso constituir um Governo de unidade para, assim, tentar colocar fim ao bloqueio econômico imposto pela comunidade internacional liderada pelos Estados Unidos e pela União Européia contra o Hamas. Os países exigem que o Hamas reconheça o Estado de Israel, renuncie à violência e respeite os acordos assinados no passado entre israelenses e palestinos.

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