Força especial dos EUA a caminho do Paquistão

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Por Agencia Estado
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Uma força de operação especial com helicópteros dos EUA está a caminho de uma base aérea do sul do Paquistão para lançar uma possível ação de comandos em território afegão, informou hoje o analista militar do jornal paquistanês The News International, Amir Mateen. A unidade - mais especificamente o 160º Regimento de Operações Especiais de Aviação, o único do Exército americano especializado em operações de desembarque por helicópteros - está a bordo do porta-aviões americanos Kitty Hawk, que estava hoje na região do Golfo Pérsico, aproximando-se do Mar Arábico. Consultado pela Agência Estado em Islamabad, Mateen informou que a possível operação vem sendo tratada com muita cautela pelo governo do presidente paquistanês, Pervez Musharraf, para evitar que a tensão - tanto nas ruas quanto nos quartéis - aumente no Paquistão. Segundo ele, Musharraf não mente quando diz que não há forças americanas estacionadas em território paquistanês. De acordo com suas fontes, que ele não revela, a unidade só ocupará as bases que foram postas à sua disposição na fronteira no momento do ataque. Até então, ela deverá permanecer a bordo do Kitty Hawk. Mateen sustenta, no entanto, que, militarmente, o Usbequistão terá um papel mais estratégico nos futuros ataques terrestres ao Afeganistão do que o Paquistão. "Outros mil soldados americanos devem se juntar aos mil que já estão na Ásia Central e preparam um ataque a partir do Usbequistão. A estratégia de lançar um ataque em larga escala partindo de bases paquistanesas poderia criar problemas políticos que desestabilizariam o atual governo do Paquistão, o que não seria conveniente para Washington, pelo menos nesse momento", diz Mateen. Na opinião do analista, porém, apesar da intensidade de movimentação das tropas americanas nas últimas semana, o lançamento de uma operação terrestre não deve realizar-se em curto prazo. "Quase todos os especialistas que eu tenho consultado coincidem com a opinião de que um ataque pode demorar até um ano", afirma. "Os soldados americanos que estão deixando suas bases foram alertados que passarão muito tempo na Ásia Central." Leia o especial

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