As Forças Internacionais de Segurança lideradas pela Austrália e Nova Zelândia iniciaram nesta terça-feira uma operação para deter o militar rebelde Alfredo Reinado e seus homens, que no domingo assaltaram dois postos de fronteira e levaram 25 armas de fogo. O presidente do país, Xanana Gusmão, anunciou a operação na noite de segunda-feira em mensagem pela TV. Ele pediu à população que colabore com o trabalho da força internacional. "Peço ao povo que colabore na captura e não considere Alfredo como um herói", disse Gusmão. Reinado, um dos militares que se rebelaram durante a grave crise de meados de 2006, atacou no domingo dois postos alfandegários na fronteira com a Indonésia. Não houve mortos nem feridos. Após o roubo das armas, o governo da Indonésia, a pedido do Timor, fechou na segunda-feira sua fronteira para impedir que os homens de Reinado saiam do território. O primeiro-ministro timorense, José Ramos Horta, declarou nesta terça-feira aos jornalistas que o governo fechou o diálogo com Reinado após o incidente de domingo. "Agora as forças da Austrália e Nova Zelândia se encarregarão de levar Reinado à Justiça, pelo que fez contra o povo do Timor Leste", disse. Reinado fugiu da prisão em agosto do ano passado, após ser detido por posse ilegal de armamento.