20 de maio de 2011 | 11h33
Testemunhas e ativistas dizem que forças de segurança sírias abriram fogo contra manifestantes na cidade de Homs nesta sexta-feira, matando pelo menos três pessoas.
Há relatos de que novos protestos tiveram início em diversas cidades do país após as tradicionais orações de sexta-feira, incluindo Baniyas, Deraa e Qamishli.
Grupos de defesa dos direitos humanos dizem que pelo menos 850 manifestantes foram mortos pelo governo nos últimos dois meses, mas o número é difícil de ser confirmado já que o regime sírio proíbe a entrada de jornalistas estrangeiros no país.
Uma testemunha disse que um violento tiroteio ocorreu na cidade de Homs, e ativistas de defesa dos direitos humanos dizem que a manifestação em Baniyas é uma das maiores realizadas desde o início dos protestos.
Os manifestantes em Baniyas estariam sem camisa para provar que não estavam armados.
Estados Unidos
Na quinta-feira, em seu discurso sobre o Oriente Médio, o presidente americano, Barack Obama, disse que o líder sírio, Bashar al-Assad, "pode liderar" a transição do país para um regime mais democrático "ou sair do caminho".
"Caso contrário, o presidente Assad e seu regime vão continuar a ser desafiados dentro de casa e isolados no exterior", disse Obama.
Na quarta-feira, os Estados Unidos aprovaram a imposição de novas sanções direcionadas, de maneira inédita, ao próprio Assad por conta da violência empregada na repressão aos protestos.
A atual onda de protestos na Síria, inspirada nos levantes pró-democracia que derrubaram os governos de Tunísia e Egito, é considerada o maior desafio ao regime de Assad desde que ele sucedeu seu pai, Hafez Al-Assad, em 2000.BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.