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Forças iraquianas avançam na região oeste de Mossul

Soldados pretendem consertar o aeroporto, recapturado na quinta-feira, e usá-lo como base para expulsar extremistas do Estado Islâmico

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Por Redação
Atualização:

SUL DE MOSUL, IRAQUE - Forças de segurança do Iraque apoiadas pelos EUA avançaram ainda mais sobre a metade oeste de Mossul nesta sexta-feira, 24, um dia após o lançamento de ataques em várias frentes rumo ao último bastião do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na cidade.

Soldados haviam recapturado o aeroporto de Mossul na quinta-feira, um prêmio importante na batalha para colocar um fim ao controle dos jihadistas em territórios iraquianos.

Oficial de segurança iraquiano faz guarda em frente a um prédio enquanto outros agentes procuram soldados do Estado Islâmico Foto: AP Photo/John Beck

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Ainda nesta sexta-feira, forças de contraterrorismo conseguiram dominar totalmente a base militar de Ghozlani, seguindo em direção a Tal al-Rumman e Al-Mamoun, bairros do sudoeste da cidade, disse um porta-voz militar.

A polícia federal e unidades de elite do Ministério do Interior conhecidas como Forças de Reação Rápida estão retirando bombas de estrada e armadilhas explosivas do aeroporto, deixadas por militantes do EI que recuaram de suas posições no local na quinta-feira.

As forças do governo do Iraque planejam consertar o aeroporto e usá-lo como base para expulsar os militantes dos bairros do oeste de Mossul, onde acredita-se que haja cerca de 750 mil pessoas retidas.

As unidades governamentais repeliram os jihadistas do leste de Mossul em janeiro, mas o Estado Islâmico ainda mantém o setor oeste da região, dividido pelo rio Tigre.

"Nossas forças estão combatendo terroristas do Daesh (Estado Islâmico) em Tal al-Rumman e Al-Mamoun. Iremos eliminá-los logo e assumir o controle dos dois bairros", disse o porta-voz dos Serviços de Contraterrorismo (CTS, na sigla em inglês), Sabah al-Numan.

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Os combatentes dos extremistas usaram carros-bomba conduzidos por suicidas e drones (aeronaves não-tripuladas) munidos de bombas pequenas para impedir que as unidades do CTS progredissem ainda mais. "Existe uma resistência aqui. Os drones estão particularmente incômodos hoje", disse o major-general Sami al-Aridi, comandante veterano do CTS, na frente sudoeste de Mossul.

As Forças de Reação Rápida tentam avançar para além do aeroporto para romper as defesas dos extremistas nos arredores de bairros no extremo sul da cidade iraquiana.

"Agora estamos combatendo o Daesh no extremo sul da cidade. Estamos tentando romper as trincheiras que usaram como linha defensiva", relatou o coronel Falah al-Wabdan.

Perder Mosul pode significar o fim da porção iraquiana do califado autodeclarado dos militantes no Iraque e na Síria. / REUTERS

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