Forças leais a Assad matam 9 na Síria em ações de repressão às manifestações

Aliados ao regime estariam bombardeando um bairro de Homs, uma das fortificações da oposição

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Por Efe
Atualização:

CAIRO - Ao menos nove pessoas morreram nesta terça-feira, 17, em diferentes pontos da Síria pela repressão das forças leais ao regime de Bashar al-Assad, informaram os opositores Comitês de Coordenação Local.

 

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O grupo informou que houve sete mortes na província central de Homs, uma em Idlib (norte) e outra nos arredores de Damasco.Conforme os Comitês, os aliados ao regime estão bombardeando com artilharia pesada um bairro de Homs, uma das principais fortificações da oposição síria.Eles divulgaram que o civil morto próximo à capital é um homem de 35 anos que faleceu em um posto de controle na zona de Qatana.Na região de Saraqeb, em Idlib, província que faz fronteira com a Turquia, uma explosão atingiu um ônibus que viajava para Aleppo, a segunda cidade do país, mas até agora não há informações sobre vítimas.Outra localidade também em Idlib vive nesta terça-feira uma greve geral em meio a um amplo desdobramento das forças de segurança.Em Latakia, na costa do Mediterrâneo, soldados invadiram uma praça e cercaram uma mesquita, coincidindo com a chegada dos observadores da Liga Árabe.As informações não puderam ser confirmadas de forma independente devido às restrições impostas pelo regime aos jornalistas.Na segunda-feira, um porta-voz da ONU anunciou que o organismo internacional vai começar nos próximos dias, a pedido da Liga Árabe, o treinamento de observadores na Síria a fim de dar assistência a eles na avaliação da situação.Os observadores têm como missão comprovar o cumprimento da iniciativa árabe para dar saída à crise neste país, que estipula, entre outros, o fim da violência e a retirada das tropas das ruas.Mesmo assim, a violência persiste na Síria, onde, de acordo com os números da ONU, mais de 5 mil pessoas morreram desde o início dos protestos contra Bashar al Assad em março de 2011, que acusa "grupos terroristas armados" de estarem por trás das manifestações.A delegação árabe deve deixar a Síria no dia 19 de janeiro e seu relatório sobre a situação no país será analisado dois dias depois, em reunião do grupo de contato da Liga Árabe.  

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